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Há três anos atrás, neste dia 27, a minha família entregava os papéis para adoptar uma criança. Erámos três e meio (que o cão conta), queríamos ser mais um. Seis meses depois, descobri que estava grávida. Parece que costuma ser assim: anos para engravidar e logo a seguir a pensar em adoptar, emprenha-se!
Testes e mais testes, entrevistas, perguntas com rasteira, visitas a casa. Um ano e meio sem notícias. De repente, um telefonema! Os toques no meu telefone são bandas sonoras (o marido é “O senhor dos anéis” – não sei porquê, foi coisa que nunca me deu - a sogra é “O Padrinho”, a mãe “A Família Adams” and soi on, and soi on). Para o caso em apreço, achei apropriado o tema “The final countdown”.
O telefonema era para saber como estávamos (bem obrigada) e se ainda estávamos interessados em criancinhas (pois… quase a desistir, NÃO É?!). E culminou com uma despedida animadora: “Então até daqui a 18 meses!”.
Vamos recapitular: inscrevi-me, emprenhei, bufei de tão inchada estava, tive a criança, voltei ao trabalho, fui despedida, estive um ano em casa e… nada. Não aconteceu mais nada. Da criança, nem o cheiro. Em três anos, tive um telefonema.
Há-de aparecer, num dia de nevoeiro. É provável que diga: “Olá, eu sou o Sebastião”.