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Tenho até Segunda-feira para responder a uma série de perguntas que vão definir o meu caminho e ajudar-me a encontrar o meu “eu” mais recôndito. Lembro-me de fazer isso na escola secundária. Os famosos testes para saber que área deveríamos seguir. Nunca os terminei. Num dia, desenhei uma árvore despida e a psicóloga disse que eu era uma pessoa triste. Pronto, quebrou-se a empatia e eu fiquei para todo o sempre na ignorância sobre a orientação a dar ao meu talento.
Desta vez, não quero perder a oportunidade. Tenho que definir as minhas melhores qualidades profissionais: o que faço de melhor e o que acho que me pode vender a um empregador. Tenho que mostrar o que valho em seis segundos, que é a média que uma pessoa que está a contratar fica a olhar para um curriculum vitae.
Mas, infelizmente, em seis segundos, nada me ocorre. Se me pedissem os defeitos, teria já uma lista pronta a disparar. Mas não sou egocêntrica, narcisista, não me sobrevalorizo, tão pouco sou capaz de dizer maravilhas de mim própria. Se calhar, deveria pedir ajuda ao meu antigo chefe. Afinal, era realmente boa em quê??? Em tudo e nada em concreto, por isso te pusemos a andar. Esquece.
Vamos por partes. Sou prática, directa, objectiva e sincera. Nenhum empregador gosta. Ok, tenho que me orientar por outro lado. Sou simpática? Crio empatia? Nem sempre, diz-me o Luís. De facto, não gosto de muita gente, de pessoas “is”: invejosas, intriguistas, injustas, indecisas… Não gosto de pessoas cinzentas, as “nin”… Vejo a vida colorida, como boa daltónica que sou! A minha retina apresenta-me tons desconhecidos para a maioria das pessoas. Sou sobredotada e não defeituosa! Gosto de trabalhar em equipa? Não, gosto de trabalhar sozinha, ao pé de muita gente. É diferente.
Bom, pelo menos sei por onde NÃO começar. Estou perdida e tenho até Segunda-feira para me encontrar.