Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Perante a absoluta surpresa dos meus amigos, decidi tornar-me utilizadora das redes sociais (não era ainda por não me fazer grande falta) e da blogosfera (neste caso, era por falta de tempo preguiça comodismo).
Quando pensei em iniciar-me nessas lides, o meu computador apanhou um vírus, daqueles que só a formatação resolve. Aí vai ela para uma loja de informática, com ar entendido, a pedir a limpeza do bicho. Ao balcão, estava um rapaz novo, simpático e muito sabedor do seu ofício. Esta última característica é que faz a diferença, claro!
Foram anos sem conectar-me (desta forma) com os meus amigos e conhecidos e, de repente, uma semana sem computador parece uma eternidade. “Francamente, agora que eu mais precisava!”
Uma semana depois, lá fui eu buscar a máquina. Lamuriei-me que precisava do computador para escrever (o meu filho todos os dias me pede para escrever aquela história e eu ainda não a inventei…). A conversa a correr lindamente, até ao ponto em que me pede para botar um Like (adoro esta expressão) na página da loja no Facebook. Encolhi-me toda e murmurei que ainda não me tinha registado…
“Deixe lá!, disse quase a gritar, "A minha mãe também não!”
Pahhh! Uma pancada na cabeça. Fiquei meia tonta, mas respondi com o tom mais azedo que consegui: “Oiça lá, eu não tenho idade para ser sua mãe!”
“Deve ter quase quarenta… Mas olhe que a minha mãe também ainda é nova! Vai ver que é giro. Tem jogos e tudo...”
Pahhh, pahhh, pahhh! Espancamento público! Estou no chão, não me aguento. Saí porta fora, com o ego a cambalear.
O que valeu ao jovem foi ser sabedor do seu ofício. A mim, foi ter um computador limpinho onde me pudesse registar.