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Grito para não desesperar, choro para não gritar, escrevo para não chorar. As lágrimas lavam a alma e esvaziam o meu ser dos medos. A escrita acaba com a chuva e manda entrar o sol, que aquece a minha vida. Escrevo para não chorar… mais.
Custa-me não poder dar a um o que dei ao outro. Custa-me desistir da escola que lhe alimenta o conhecimento e a alegria. A escola que o viu chorar porque era o último a sair. Custa-me poder dar todo o meu tempo a um, quando o outro nunca o teve.
Adormeço o Miguel nos meus braços. Sinto o seu calor, o cheiro. O que vai ser de nós, pequenino? Esvazio-me de medos outra vez. Escrevo para não chorar. Mais.
De seguida, vou brincar. Porque as crianças têm o dom de relativizar tudo. E nós só temos a aprender com elas.