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“Na selva passava-se uma época de grande fome. O rei leão tomou, numa reunião com todos os animais a seguinte decisão:
- Para acabar com a fome, vamos acabar com todos os animais pequenos.
Assim se fez, mas a fome continuou!
Nova reunião se fez, e o rei leão tomou então a seguinte decisão:
- Para acabar com a fome vamos acabar com todos os animais de boca grande.
Sussurra o hipopótamo:
- Coitadinho do crocodilo!”
O problema nunca somos nós, são os outros. Os outros é que estão enganados. É aos outros que acontece tudo. É normalmente a nossa primeira reacção.
Foram várias as reacções ao meu último desabafo. Agradeço todas elas. O desafio é não me olharem como o hipopótamo, mas interiorizarem, para quem nunca esteve deste lado, que amanhã podem ser vocês a chorar para libertarem os males. E espero, com total sinceridade, que bebam todos os sentimentos que ponho nos meus textos para que, se esse dia alguma vez chegar, possam lutar com mais força e determinação do que eu.
Eu escrevo para não chorar. É literalmente assim. É uma defesa. Uma das muitas que temos que criar e aperfeiçoar para nos mantermos sãos e à tona. Portanto, já sabem: se algum dia me virem desfeita em lágrimas, atirem-me com um portátil à cabeça e eu transformo-me no Hulk dos caracteres! E assumo-me perante o leão, como um crocodilo no meio de tantos outros animais de boca grande.