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Hoje é o Duarte que está doente. Não quer sair nem para ir à praia. Portanto é grave, coisa para quase patinar… É homem! Eu agarro-me ao meu contacto com o mundo e desato a procurar trabalho. Sou esquisita, tenho que admitir. Não era, mas agora sou. Estou. Estou esquisita, selectiva, exigente, embirrenta. “Fazes muito barulho”, queixa-se, deitado no sofá. Eu falo sozinha, indigno-me, revolto-me. Quando é que chega a Portugal o part-time, o trabalhar em casa, o freelancer? Sim, existe, mas é mínimo, muito especializado e mal pago. Mas acho que isso é geral.
Porque é que já não me vejo e revejo numa rotina de 9-18h com taquicardia para chegar às escolas e pôr jantar na mesa antes que adormeçam? Quero trabalhar, quero ganhar dinheiro, mas não quero perder o melhor dos meus filhos. Para isso, da mesma forma que baixam salários e alteram as regras do mercado de trabalho, também podiam adoptar novos horários e métodos de produção. Se calhar sou preguiçosa e arrogante. Se calhar não vou conseguir sequer arranjar trabalho com estas ideias utópicas. Às vezes, acho que a minha mente e mentalidade não são portuguesas. Conciliar trabalho e família não deveria ser um drama, mas um verdadeiro prazer.
Deixo-vos um cheirinho:
Precisa-se empregado/a para papelaria
Part-time das 14h00 ás 18h00, de terça-feira a sábado.
Remuneração: 200€