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Ando num dilema cá em casa. Um dilema futebolístico. Sou do Sporting com muito orgulho e devoção. Só nutro tamanha devoção pela saga de George Lucas. O Luís é do FCP. O rapaz tem tantas qualidades e tão importantes para o bom funcionamento da nossa relação, mas não sei o que lhe deu para ser do Porto! Mas como não é tão devoto como eu, a relação gere-se, e conseguimos mesmo falar (quase) amigavelmente sobre o assunto.
Quando o Duarte nasceu achei que não devia impor-lhe uma fé. Nenhuma mesmo. Mas há coisa mais fortes do que nós e tantas outras há que não correm como os pais planeiam. Aos dois anos sabia de cor as músicas de Star Wars, por imposição clara da mãe, e cantava no banho as músicas da claque leonina, por acaso. Tem bom ouvido.
Aos cinco, mordeu-lhe a pulga. Virou devoto convicto de Jesus. Converteu-se ao Benfiquismo, com uma devoção que nem mãe nem pai compreendem, nem conseguem estancar. Desenganem-se aqueles pais que dizem que conseguem levar os filhos a fazer o que querem e a ser o que sonharam. Se conseguem, é pura sorte.
Desenganem-se também os que – como eu – acham-se muito liberais ao ponto de dizerem: “O meu filho será o que quiser! É livre!”. Será o que quiser DESDE QUE NÃO SEJA DO BENFICA NEM DO FCP. É livre se for do Sporting e gostar de Star Wars. A liberdade dele começa aí. Ponto final, parágrafo.
Mas tirando isso, eu sou muito liberal.