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As mamas dela sempre deram que falar. As mamas, os lábios, as pernas. Tudo e mais alguma coisa, porque a mulher é linda dos pés à cabeça. Ela faz missões, ela dá testemunhos, transmite força aos pobres e oprimidos, adopta crianças dos quatro cantos do mundo. E ainda tem o marido mais lindo do mundo.
Resolveu pôr as mamas a trabalhar para uma causa. Agora, as mamas da Angelina fazem sonhar homens e mulheres. Hoje, fizeram dela realmente uma mulher especial.
Os noticiários trataram logo de pregar que se faz esta operação há mais de 10 anos no SNS, de forma gratuita. É verdade, mas o que os jornalistas não dizem é que a reconstrução mamária não se faz assim tantas vezes, porque não é comparticipada. Depois da coragem da decisão, nem toda a gente pode ter umas mamas jolies.
Carcavelos, Atendimento no Gabinete de Apoio ao Endividamento.
- Sabe, Patrícia, fui despedida quando logo depois de engravidar. Também ninguém me deu emprego depois. Não sei se sabe, mas ninguém dá emprego a mulheres com filhos pequenos.
Pois, eu sei. Com filhos pequenos e sem ninguém que fique com eles ou que os vá buscar à escola. Sei e apetece-me gritar para toda gente encarar a realidade. Engulo o grito. Há-de sair numa altura mais apropriada.
Unimos esforços e, em 15 minutos, resolvemos grande parte do problema que a trouxera ali. Nunca nos cruzámos antes e só falámos meia hora, mas despedimo-nos com um beijo e um abraço. A isto chama-se solidariedade. Escasseia, mas ainda existe.