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Não tarda, um quarto da população activa portuguesa está sem emprego. Ainda assim, continuo a ouvir na rua que não trabalha quem não quer, que a crise é só para quem é preguiçoso. Pergunto-me o que fará a pessoa, que família e amigos tão especiais tem, que não conhece quem esteja desempregado. Pergunto-me que maravilhoso poder tem para conseguir ler a mente do seu chefe e ter a certeza que ele não conspira contra si.
Quase a invejo, não fosse o facto de ser estúpida, arrogante e com grande dificuldade em olhar à sua volta. O seu umbigo deve ser enorme. Há umbigos assim, nunca caiem, continuam ali pendurados, esticados, enormes e malcheirosos.
Transformo-me por segundos. Viro bicho, incho de ódio, qual peixe-balão. Mas vale a pena? Não! A vida encarregar-se-á de lhe dar uma lição. Eu nunca tive jeito nem paciência para ser professora. Ou isso, ou um dia morde a língua e morre.