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coitadinhodocrocodilo



Sexta-feira, 27.09.13

Assim, assim

- Olá, então, como estás?

- Hã… mais ou menos.

- Então, mas aconteceu alguma coisa?

- Não! Nada de especial.

Claro que não. O que aconteceu foi a invasão do TEU cérebro pelo espírito português. O espírito do “assim, assim”. É isto: nunca se tem nada em concreto, mas queixamo-nos de tudo. Se chove, estamos tristes e preguiçosos. Se faz calor, estamos moles e com vontade de ir para uma esplanada.

A senhora que me carimba o “passaporte” para a prestação social é estrangeira. Nunca a ouvi dizer “mais ou menos” a nada, está sempre com um sorriso na cara e uma palavra de ânimo na ponta da língua. Não é remunerada naquele seu trabalho e acha que o desemprego é uma maneira de mudar de vida. Pois, disso não há grandes dúvidas. Mas para uma maioria, será para pior. Outros há, que aproveitam para sair da rotina em que trabalhavam. Mas pela resposta, sabemos logo que não é portuguesa.

Quando “abrimos”o Sapo e damos de caras com artigos como “Pais e alunos protestam contra falta de professores”, “Cinco dicas para contar ao chefe que está grávida” ou “Partos em casa quase duplicaram em Portugal”, percebemos qual o estado e a mentalidade da nossa sociedade: sem dinheiro, nem perspectivas, com medo e muita revolta interior.

Mas até para lutar por uma sociedade melhor, é preciso ser positivo. Deixem o “vai-se andando” no roupeiro quando saem de casa.

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por coitadinhodocrocodilo às 11:51

Terça-feira, 24.09.13

A maldição do crianço

Costuma dizer-se que se não é do cú, é das calças. Se não dormimos porque o crianço chora toda a noite, noites há em que não dormimos na mesma, seja pelo cú ou pelas calças.

Uma bela noite é aquela noite em que o crianço não chora antes de nos deitarmos e conseguimos, pelo menos, dormir quatro horas seguidas.

Pois, estávamos numa bela noite, quando grita um despertador. Parecia um sonho, daqueles em que acordamos estremunhados e percebemos que é real. Não era um despertador qualquer, este era um despertador encrustado num daqueles brinquedos com a insuportável particularidade de não ter botão on/off.

Houve alguém que se lembrou de pôr o despertador para a uma da manhã. Lá estávamos nós, alegremente sentados na nossa cama, a arrancar - eu quase à dentada - o Luís com uma chave de fendas, o compartimento das pilhas do estupor do brinquedo. Queriam dormir descansadinhos?! Tomem lá com tique-taque a meio da noite!

Hoje, mais uma bela noite. Quatro da manhã, PUM! Pancadinha, seguida de choro, significa que alguém caiu da cama. Também é verdade que já tínhamos a nossa conta de horas seguidas, afinal já eram quatro da amanhã. Hello?! Time to wake up!

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por coitadinhodocrocodilo às 09:33

Sexta-feira, 20.09.13

A maldição do cão

Tenho um cão e gosto de cães, mas isso não quer dizer que os adore a todos. É assim como ter criancinhas e gostar muito de todas. Não! São sujas e barulhentas. Não gosto de todas, gosto das minhas e pouco mais.

Recentemente, descobri que os meus filhos não encaram o nosso cão como um dos muitos cães que existem por aí. Tinha eu acabado de chegar a um parque infantil, para mais uma tarde de roçar o rabo nos escorregas, quando um cão fez mira no Duarte e atirou-se a ele. Sem testemunhas, sem demoras, sem cerimónias. Consegui gritar para ficar quieto. Ficou. Quando corri para o acalmar, cometi o maior erro dos últimos meses: larguei a mão do pequenito. Quatro passos depois, parei e voltei-me. O Miguel gritava por ter um cão a ladrar e rosnar mesmo na sua cara.

Lição nº 1: nunca se larga um filho para ir acudir outro. Nunca. Não aconteceu nada de especial, se não considerarmos especial o facto de terem ficado a odiar cães. Excepção feita para o nosso.

Não muito tempo depois, o próprio Sansão foi abocanhado, achincalhado e quase engolido por um cão, como se fosse um gato. Assim, sem testemunhas, sem demoras, sem cerimónias. Pontos, antibióticos, analgésicos e um grande susto para todos.

Cá em casa, a pequenada passou a ver o Sansão como um gato especial. E eles adoram gatos. Creio que já nem o cão se sente como um cão.

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por coitadinhodocrocodilo às 13:40

Segunda-feira, 16.09.13

Primeiro dia

Primeiro dia de aulas. O primeiro dia dos próximos 12 ou 16 anos que tem pela frente, sempre a partir pestanas e retinas e neurónios.

Eu continuo nas boxes a dar assistências aos pilotos. É cada vez mais difícil, já só restam uns meses de subsídio e não há porto à vista nesta regata de volta ao mundo do desemprego em 500 dias.

Continuo extremamente positiva porque a ideia de voltar a trabalhar 9 ou 10 horas por dia, de ser espancada psicologicamente e olhada de lado, por um ordenado de agricultora, em nada me seduz (mais valia tomar conta de memés. Ao menos, punha a leitura em dia). Mas a ideia de não ser útil a mais ninguém a não ser à minha família, também não.

O meu filho começa a sua grande epopeia hoje. Eu, se calhar, estou prestes a começar outra.

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por coitadinhodocrocodilo às 09:25

Segunda-feira, 09.09.13

Férias em família...

Férias em família, c’a bom. Têm os seus momentos clássicos e os imprevistos. Os clássicos:

- Tenho vontade de fazer cocó! (Na praia);

- Tenho fome! (Quando esgotámos a comida num fim de tarde);

- O Luís ficar doente;

- Não conseguirmos almoçar todos ao mesmo tempo, nem num restaurante;

- Xixi na cadeira do carro;

- Eu a tentar entrar na casa (ou no carro) de outras pessoas (é no que dá ser tudo igual…);

- Os gritos de “põe protector” e “queres fazer xixi” denunciam alguém que não sai da água e outro alguém que está a tentar viver sem fraldas.

Tudo o que imaginámos. Os únicos imprevistos foram um vidro do carro partido e um súbito ataque de “varizite” da minha perna. Mas as férias ainda não acabaram. Falta pisar um ouriço ou ir parar a um hospital com umas areias nos olhos e perceber que o mais perto é em Faro e que nem sempre há oftalmologista de serviço.

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por coitadinhodocrocodilo às 22:59

Quarta-feira, 04.09.13

Já cá cantam 38!

Faço 38 anos. Há um ano atrás tinha emprego, um marido e dois filhos. Só me faltava ter mais tempo com eles para ser 100% feliz. Nunca imaginei a volta que a vida ia levar.

Este ano, tenho todo o tempo do mundo para os três. Só me falta um trabalho, ou algo que se pareça com isso, que me dê satisfação fazer e alguns trocos para gastar. Nunca estamos 100% felizes. Mas, seguramente, este ano estou mais serena, mais alegre, mais bem disposta. Há coisas que não se pagam. E o tempo é uma delas.

E lá continua a Almeida com o seu marido – que dorme com uma nuvem negra sob a cabeça –, os seus dois filhos (à espera do terceiro há três anos) e o seu boby, cada vez mais velho. O resto, havemos de arranjar, porque, na realidade, por enquanto, não é o mais importante.

Acho que o segredo da felicidade é aproveitarmos o que temos, quando o temos e nunca pedir mais. Amanhã, pode ser tudo diferente.

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por coitadinhodocrocodilo às 10:23


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