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Não percebo a celeuma à volta dos rumores sobre contratos que obrigam as mulheres a não engravidar nos próximos cinco anos. Mau, mau, seria se as empresas começassem a despedir as mulheres só por terem filhos!
Isso não merece destaque. O povo quer é futebol. A primeira página da Bola é Yes, we can! Obama já veio substituir este slogan por outro: crtl+alt+delete. Esperemos que não seja um prenúncio…
Não me tem dado para escrever nada. Assim que começa o calor, só tenho vontade de desaparecer do planeta. Isso, ou fazer o turno da noite, coisa a que, aliás, já estou mais que habituada.
Comecei a trabalhar e logo apanhei uma valente carraspana, o que me leva a tirar a óbvia conclusão de que o trabalho não dá saúde a ninguém!
Ando perdida em pensamentos com o meu “mai velho”: é a mudança de escola (como dizer-lhe) e preparar-me para o embate, é o (tão ansiado) relatório final da psicóloga, que não me admirou em nada mas me ligar a bola de cristal e antever uma luta eterna, os ATLs de Verão e os passeios de dia todo com as minhas pernas no estado em que estão.
Quero o Inverno, quero o frio, quero a neve!
E onze da noite não são horas de ver a selecção!
E pronto, já desabafei.
- Mãe, não quero comer mais estes cereais!!!
- Porquê?!
- Diz aqui que é ideal para quem quer perder peso. Eu não quero perder peso!
É o que dá já saber ler. É o que dá ser magro. E é o que dá levar tudo à letra.
Desde que saí do banco que não ponho uma “sandalita” chiche a não ser para jantar fora. As calças clássicas e os blasers foram ensacados e doados a quem precisa. Muito antes de eu saber o que o futuro me reservava, deitei fora tudo aquilo que me oprimiu durante muito tempo, demasiado tempo.
Os meus pezinhos, anteriormente de porco, ou porca, estão transformados em patas de elefante e gritam se tento colocá-los em qualquer plataforma que não tenha atacadores. Não, já não cabem num sapato inclinado.
As pernas, ah, essas, viciaram-se em ganga e eu não consigo contrariar.
Tive a sorte – há quem lhe chame destino – de voltar a trabalhar, sem as amarras nos pés ou nas pernas, mas também na cabeça e no coração. Nem tudo é bom, mas o principal é que salto da cama a ansiar por um dia de trabalho. E isso já não acontecia há muitos anos.
Um ano e meio se passou... e o primeiro dia de trabalho é já amanhã (hoje).
Cada um tem o que merece. Nem sempre na altura apropriada.