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coitadinhodocrocodilo


Terça-feira, 21.01.14

Dois pais, duas mães

Referendar ou não referendar? Natural ou adquirido?

Leva-nos a uma floresta de questões, onde as principais são a definição de família ou o que é melhor para as crianças.

Defende-se que a natureza criou uma família com um pai e uma mãe. Será melhor para uma criança permanecer numa instituição ou ser amada por dois pais ou duas mães? Não respondam sem antes visitar uma casa de acolhimento ou conhecer as histórias das crianças que lá vivem.

E os preconceitos, são naturais ou adquiridos?

Foi a natureza que criou a monogamia em que vivemos? Parece-me que os restantes bichos à face da Terra são TODOS poligâmicos.

Foi a natureza que criou o divórcio?

No prédio onde vivia em Lisboa, moravam duas senhoras, já com idade para serem minhas avós. Uma delas tinha uma filha. A sociedade não falava, não apontava o dedo, não gemia de nojo. Não era assumido. Nunca seria. Se fossem vivas, as senhoras hoje teriam perto de cem anos.

As homossexuais femininas sempre puderam viver juntas, ter filhos, sem comentários. O problema surge quando os homens decidem reclamar o mesmo direito, quando se eleva a questão ao crivo social.

Portanto, a questão em debate é o facto de se tornar pública uma situação praticada há séculos, mas em segredo. Desde que continue em segredo, a sociedade baixa a cabeça.

Eu, que julgava que discutiamos as grandes questões, como a família e o bem-estar das crianças! Afinal, perde-se tempo com o tamanho da nossa hipocrisia.

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por coitadinhodocrocodilo às 11:39

Sexta-feira, 27.12.13

Quem espera, desespera...

Há três anos atrás, neste dia 27, a minha família entregava os papéis para adoptar uma criança. Erámos três e meio (que o cão conta), queríamos ser mais um. Seis meses depois, descobri que estava grávida. Parece que costuma ser assim: anos para engravidar e logo a seguir a pensar em adoptar, emprenha-se!

Testes e mais testes, entrevistas, perguntas com rasteira, visitas a casa. Um ano e meio sem notícias. De repente, um telefonema! Os toques no meu telefone são bandas sonoras (o marido é “O senhor dos anéis” – não sei porquê, foi coisa que nunca me deu - a sogra é “O Padrinho”, a mãe “A Família Adamsand soi on, and soi on). Para o caso em apreço, achei apropriado o tema “The final countdown”.

O telefonema era para saber como estávamos (bem obrigada) e se ainda estávamos interessados em criancinhas (pois… quase a desistir, NÃO É?!). E culminou com uma despedida animadora: “Então até daqui a 18 meses!”.

Vamos recapitular: inscrevi-me, emprenhei, bufei de tão inchada estava, tive a criança, voltei ao trabalho, fui despedida, estive um ano em casa e… nada. Não aconteceu mais nada. Da criança, nem o cheiro. Em três anos, tive um telefonema.

Há-de aparecer, num dia de nevoeiro. É provável que diga: “Olá, eu sou o Sebastião”.

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por coitadinhodocrocodilo às 09:02

Sábado, 18.05.13

Filho do meu marido, meu filho já pode ser

Achava tão difícil ser aprovada uma lei que permitisse aos homossexuais a co-adopção de filhos biológicos ou adoptivos da pessoa com quem vivem como nevar em Portugal, em pleno mês de Maio. E lá estão as surpresas da vida!

O prefixo, para mim, continua a mais, mas, pelo menos, parte da hipocrisia terminou. Estamos um pouco mais maquiavélicos e os fins passam a justificar grande parte dos meios.

Tentemos ir mais longe e vamos fazer sku na Serra da Estrela em Junho. Tentemos aprovar a adopção de crianças por casais homossexuais. A decisão de adoptar uma criança é um acto de amor muito maior do que deixar de tomar a pílula e ficar à espera que saia.

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por coitadinhodocrocodilo às 22:29


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