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coitadinhodocrocodilo


Domingo, 22.06.14

Pensamento positivo

Não percebo a celeuma à volta dos rumores sobre contratos que obrigam as mulheres a não engravidar nos próximos cinco anos. Mau, mau, seria se as empresas começassem a despedir as mulheres só por terem filhos!

Isso não merece destaque. O povo quer é futebol. A primeira página da Bola é Yes, we can! Obama já veio substituir este slogan por outro: crtl+alt+delete. Esperemos que não seja um prenúncio…

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por coitadinhodocrocodilo às 21:05

Sexta-feira, 13.06.14

Neura

Não me tem dado para escrever nada. Assim que começa o calor, só tenho vontade de desaparecer do planeta. Isso, ou fazer o turno da noite, coisa a que, aliás, já estou mais que habituada.

Comecei a trabalhar e logo apanhei uma valente carraspana, o que me leva a tirar a óbvia conclusão de que o trabalho não dá saúde a ninguém!

Ando perdida em pensamentos com o meu “mai velho”: é a mudança de escola (como dizer-lhe) e preparar-me para o embate, é o (tão ansiado) relatório final da psicóloga, que não me admirou em nada mas me ligar a bola de cristal e antever uma luta eterna, os ATLs de Verão e os passeios de dia todo com as minhas pernas no estado em que estão.

Quero o Inverno, quero o frio, quero a neve!

E onze da noite não são horas de ver a selecção!

E pronto, já desabafei.

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por coitadinhodocrocodilo às 16:16

Terça-feira, 03.06.14

Viva os pés de porco!

Desde que saí do banco que não ponho uma “sandalita” chiche a não ser para jantar fora. As calças clássicas e os blasers foram ensacados e doados a quem precisa. Muito antes de eu saber o que o futuro me reservava, deitei fora tudo aquilo que me oprimiu durante muito tempo, demasiado tempo.

Os meus pezinhos, anteriormente de porco, ou porca, estão transformados em patas de elefante e gritam se tento colocá-los em qualquer plataforma que não tenha atacadores. Não, já não cabem num sapato inclinado.

As pernas, ah, essas, viciaram-se em ganga e eu não consigo contrariar.

Tive a sorte – há quem lhe chame destino – de voltar a trabalhar, sem as amarras nos pés ou nas pernas, mas também na cabeça e no coração. Nem tudo é bom, mas o principal é que salto da cama a ansiar por um dia de trabalho. E isso já não acontecia há muitos anos.

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por coitadinhodocrocodilo às 00:10

Segunda-feira, 02.06.14

Cenas da vida de um crocodilo

Um ano e meio se passou... e o primeiro dia de trabalho é já amanhã (hoje).

Cada um tem o que merece. Nem sempre na altura apropriada.

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por coitadinhodocrocodilo às 00:15

Sexta-feira, 16.05.14

Push up o quê?!

Quando um homem nos diz duas vezes na mesma semana “olha um push up” é coisa para arrebitarmos as orelhas. Bem sabemos que a gravidade já cá estava quando nós nascemos, que é a bruxa má dos nossos corpinhos de princesas, mas quando ouvimos a expressão push up e ainda não temos 40 anos, é tema que vamos ter que esclarecer!

E esmiuçamos: fazemos perguntas, insistimos, mudamos o tom de voz, abrimos as narinas, franzimos o sobrolho e, por fim, damos por terminada a conversa. Os homens não conseguem aguentar uma mulher furiosa a fingir que está calma.

Assunto esclarecido?! Óptimo. Não se fala mais nisso.

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por coitadinhodocrocodilo às 11:34

Terça-feira, 13.05.14

A borrachinha do chinês

Já andava há alguns dias para escrever sobre o drama das pulseirinhas de cores, mas a crónica do Ricardo Araújo Pereira fez-me perder a vez. A vez, mas não a vontade. É que isto é mesmo um fenómeno digno de destaque. E não é só pelos pais se verem enfeitados com bijuteria barata, mas pelo facto de a histeria afectar ambos os sexos, o que é caso muito raro, e de ter, inesperadamente, benefícios muito eficazes para pais e filhos. Vamos discorrer sobre o tema:

O rosa é para meninas e eu não visto; Anéis e pulseiras são pirosos e coisas de rapariga. Preconceitos absorvidos em ambiente escolar e, diria eu, próprios da idade. E eis senão quando, do dia para a noite, os machos latinos versão meia leca carregam no pulso às três e quatro pulseiras verde alface e lilás, mais trabalhadas do que os tapetes de Arraiolos!

E o tempo que eles perdem naquilo, senhores?! Bendito seja o tempo que eles perdem naquilo! São às meias horas em que NINGUÉM os ouve! Minutos de um silêncio delicioso enquanto entrelaçam as borrachinhas, enquanto exercitam a motricidade fina.

Toca para as aulas e é vê-los de rabo para o ar a arrumar o brinquedo, sem ninguém pedir, a conversar animadamente sobre se tem duas cores ou brilha no escuro e a trocar ideias com as professoras, que têm os pulsos cheios de obras de arte.

Porque é que os chineses não tiveram esta ideia mais cedo, senhores?!

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por coitadinhodocrocodilo às 15:46

Sábado, 12.04.14

Amigos improváveis

Há grupos assim, pessoas que criam uma empatia em poucas horas, com objectivos e motivações diversas, mas rasteirados da mesma forma pela vida, pela sorte.

Desde o primeiro dia, a motivação era vencer a formação e a formadora pelo cansaço, era chegarmos ao fim para culminarmos num apetitoso almoço. Às dez da manhã, já se falava em favas com entrecosto, a seguir café, depois fazíamos teatro, café, chocolate e mais favas. Poucas vezes se acertava no nome da formadora.

Suspirava-se pela hora de almoço. Saímos disparados, uns quantos para a Scott urb da Patrícia.

Um mês assim, sentados todo o dia a pensar em fumar, beber café, comer chocolate e pouco mais. Aprendemos do ofício, mas ai de nós que o transportemos para a realidade!

Eis o último dia. A formadora ficou amiga e creio que vai ter saudades. Nós também. As adversidades juntam as pessoas e quando há um contágio de alegria e boa disposição, o negativo da vida fica mais fácil de suportar e criam-se amigos improváveis. 

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por coitadinhodocrocodilo às 13:55

Quarta-feira, 09.04.14

A busca do sonho

As saudades são do convívio, não do trabalho, não da profissão muito menos da empresa. Para isso, borrifo-me.

Ainda me cruzo muitas vezes – demasiadas - com pedantes, com narizes arrebitados, com os que só respiram trabalho, com os que vivem noutro mundo, no mundo do “nunca fui despedido e não vou ser porque sou muito bom e essas coisas só acontecem a quem não dá o litro”. Ainda tenho muitas ânsias de espancamento.

A família é o nosso pilar, não o trabalho. Se este faltar, temos o apoio da família. Mas se algum dia a família desaparecer, depressa percebemos quanto nos respeitam no trabalho.

Há um ano atrás, sonhava em fazer o que gosto. Só assim vale a pena mudar de vida. E pena tenho eu dos muitos que não o conseguem.

Estou prestes a realizar um sonho: fazer o que gosto, perto de pessoas que sempre me receberam de braços abertos e sorriso pronto. Quero fazer a diferença no dia de alguém, quero arrancar um sorriso, um pensamento bom ou contribuir para um todo único. Poderá algum dia o trabalho converter-se numa segunda família?!

 

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por coitadinhodocrocodilo às 23:24

Quinta-feira, 27.03.14

Qual é coisa, qual é ela...

Dez minutos depois de aterrarem no sofá, escolhem o programa que os vai acompanhar o resto da noite. Esta escolha é confusa e demorada e requer pressão intermitente, e muito paciente, no botão do objecto da sala que mais estimam: o comando de televisão.

Aconchegam-se bem no sofá, como cão que se prepara para a melhor sesta do dia, e iniciam a diária e cansativa tarefa de adormecer. Mas não é um adormecer qualquer: tem que ser aos poucos, um olho, depois o outro, nunca largando o comando ou descaindo a cabeça.

A perda de sentidos deverá ser efectuada com estilo, sem perda de postura e compostura, assumindo uma posição de meditação.

Inicia-se assim um período longo, só interrompido pela mudança de canal (consequência de um espasmo da falangeta) ou tentativa de furto do apêndice com botões pelo co-habitante da casa.

LEMBRA-VOS ALGO?!

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por coitadinhodocrocodilo às 23:20

Quarta-feira, 26.03.14

What's new?

Vou para as aulas todos os dias de manhã. Continuam uma seca como há vinte e cinco anos atrás. Continuo a ter grandes dificuldades em manter-me quieta e concentrada. Faço aviões de papel, jogo à forca, jogo no telefone, falo sozinha, falo com o do lado, chamo o da frente, suspiro e quase durmo. As aulas deviam ter meia hora e intervalo, meia hora e intervalo. Penso no meu filho. Como te compreendo!

As aulas continuam monótonas e os professores continuam com a mesma vontade de me expulsar da sala.

Chego a casa e está a dar os Estrunfes e a Abelha Maia. O que mudou?! Ah, agora sou eu que faço o jantar.

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por coitadinhodocrocodilo às 19:30


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