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coitadinhodocrocodilo


Terça-feira, 29.04.14

Cenas da vida de um crocodilo

- Mãe, o que é o jantar?

- Comida de ogre: minhocas grelhadas com pasta de formigas.

Ficam parados a olhar e viram costas sem pio.

Espero que deixem de perguntar isto todos os dias. Tipo, dia sim, dia não, ok?

 

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por coitadinhodocrocodilo às 18:30

Quinta-feira, 10.04.14

Cenas da vida de um crocodilo

 

Para um aficionado de Star Wars, uma das melhores coisas de ouvir é quando um filho pequeno diz:

- Mamã, qué cueca do sta uor.

É aqui que temos a certeza que a nossa educação está no caminho certo!

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por coitadinhodocrocodilo às 22:58

Sexta-feira, 04.04.14

Cenas da vida de um crocodilo

Sabem quando uma música não nos sai da cabeça?!

O Anselmo Ralph não pára de me dizer: Agora não me toca. NÃO QUERO SABER…

E depois de ver a versão do Rui Unas, piorou. Help

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por coitadinhodocrocodilo às 17:40

Quinta-feira, 27.03.14

Qual é coisa, qual é ela...

Dez minutos depois de aterrarem no sofá, escolhem o programa que os vai acompanhar o resto da noite. Esta escolha é confusa e demorada e requer pressão intermitente, e muito paciente, no botão do objecto da sala que mais estimam: o comando de televisão.

Aconchegam-se bem no sofá, como cão que se prepara para a melhor sesta do dia, e iniciam a diária e cansativa tarefa de adormecer. Mas não é um adormecer qualquer: tem que ser aos poucos, um olho, depois o outro, nunca largando o comando ou descaindo a cabeça.

A perda de sentidos deverá ser efectuada com estilo, sem perda de postura e compostura, assumindo uma posição de meditação.

Inicia-se assim um período longo, só interrompido pela mudança de canal (consequência de um espasmo da falangeta) ou tentativa de furto do apêndice com botões pelo co-habitante da casa.

LEMBRA-VOS ALGO?!

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por coitadinhodocrocodilo às 23:20

Sábado, 15.03.14

Cenas da vida de um crocodilo

Não me lembro de uma altura na minha vida em que ouvisse tantas vezes e de tão diferentes pessoas a célebre máxima de que “nada é por acaso, tudo tem um propósito”.

Não é da minha natureza acreditar que o nosso destino está traçado. Somos nós que o planeamos, somos nós que o fazemos, até ao momento em que o acaso irrompe pela nossa vida e muda tudo. Há quem lhe chame Deus, há quem lhe chame Energia, há quem lhe chame Forças do Universo, há quem apenas lhe chame Vida.

Seja o que for, é uma força que nos não nos deixa controlar o mundo e prever o futuro. Vivemos à deriva e temos que ser pacientes o suficiente e persistentes quanto baste. Às vezes, precisamos de alguém que nos guie, que nos acalme, que nos incentive, que nos ilumine o corredor das ideias. Porque não é ao acaso que não estamos sós.

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por coitadinhodocrocodilo às 16:27

Domingo, 16.02.14

Cenas da vida de um crocodilo

- Mãe, agora vai dar na televisão a história de uma abelha e do seu amigo Willy. E a professora deles chama-se Kassandra!

... Rewind, rewind.... 12, 20, 30 e mais anos...

- Eu fico a ver contigo!

- Olha, agora vai dar os smurfs, quer dizer, os estrunfes!

... rewind...

- Ok, eu fico mais um bocado.

E quem é que faz o pequeno almoço hoje???

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por coitadinhodocrocodilo às 08:48

Segunda-feira, 03.02.14

A missão

Ainda hoje, escrevia a uma amiga que na vida não vencem os mais inteligentes ou ambiciosos, mas os que melhor se adaptam às situações; Que, às vezes, temos que aceitar a vida como ela é, sem medo do rótulo de “resignação”. Aceitar a vida é dar valor ao que se tem. Não quer dizer que não se lute pelo que se quer, mas as armas vão mudando e a estratégia adapta-se.

Felizmente, contam-se pelos dedos de uma mão os dias em que parei para chorar. Valeram-me os minutos de escrita, valeu-me a família, valeram-me os amigos e todas as pessoas que experienciaram o desemprego e me deram força, valeu-me o voluntariado. O truque é esse: rodearmo-nos de gente querida e alegre, que não nos julga pelo ganhamos ou onde trabalhamos, mas pelo sorriso e missão.

A minha missão era trabalhar numa ONG, numa Instituição de Solidariedade Social, mudar a vida de alguém. Não sabia que para isso acontecer, teria primeiro que mudar a minha vida. Descobri como é trabalhar com sorrisos em vez de gráficos de produtividade, lidei com a alegria e a generosidade em vez da ambição por promoções. Descobri talentos escondidos na arca do meu ser. E um ano depois, num dos poucos dias em que parei para chorar, recebi a notícia de que o voluntariado pode transformar-se em emprego.

Às vezes, temos de aceitar a vida como ela é, com medos, recuos e avanços, mas sempre com alegria. Ser feliz é o nosso objectivo. Como lá chegamos, depende da nossa experiência de vida, da nossa vontade, de quem nos rodeia e da nossa missão.

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por coitadinhodocrocodilo às 19:01

Domingo, 26.01.14

Cenas da vida de um crocodilo

A culpa é sempre dos homens. Esta é uma verdade universal.

Toda a gente sabe que não durmo há seis anos. Nos primeiros, por culpa de uma criatura, nos últimos dois, por culpa de outra.

Há três noites que o meu filho dorme nove horas sem pio. 

O meu marido tem estado fora.

Portanto, à parte do estado de histeria em que me encontro, ainda me resta clarividência para dizer: a culpa do puto não dormir é dele!

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por coitadinhodocrocodilo às 14:29

Quinta-feira, 21.11.13

Cenas da vida de um crocodilo

Ontem foi o dia preferido do meu filho “piqueno”: pôde – finalmente – ir de pijama para a escola.

Não quer tirar a fralda da manhã (com bedum até ao umbigo) não quer despir o pijama, não quer brinquedos novos (os do irmão chegam), não quer comer e não quer dormir.

Ou é sindicalista ou vive intensamente esta coisa da crise.

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por coitadinhodocrocodilo às 16:02

Segunda-feira, 17.06.13

Cenas da vida de um crocodilo

Aquilo que se ouve e a que se assiste nos consultórios daria para escrever um livro. Estava à espera de ser atendida, à espera de ouvir que a minha felicidade profissional é inversamente proporcional ao meu peso. Infelizmente, tive que partilhar a sala de espera com a pediatria. Eu digo infelizmente porque muito embora tenha filhos, não sou capaz de fazer deles o meu passaporte para o sucesso pessoal ou carreira como criadora de cavalos de corrida.

Um pai e uma mãe que nunca se tinham visto na vida partilhavam as maravilhas da maternidade. Pais tardios – o comum hoje em dia – com um só filho criado com tudo do bom: o sapatinho de 80 euros na idade certa para poder andar sem desenvolver pé chato;  a chucha adequada à idade e ao formato da boca, para não deformar os dentes; comer a papa de marca porque as outras não têm os nutrientes todos e beber o leite mais caro da farmácia porque… sim, porque amamos o nosso filho incondicionalmente.

- A minha filha começou a andar com 10 meses, tem muita energia!

- Ah, deixe lá que a minha tem 7 meses e já se põe em pé no berço sozinha!

Nesta altura, não me consigo concentrar na leitura do livro que ando a ler há meses. Este arrastar de prazer é feito por preguiça, por descuido, pela dita falta de tempo, que é a grande desculpa para a falta de paciência. O que oiço é desculpa suficiente para voltar a pôr de parte a prosa.

- Pois, a minha até já fala, diz o nosso nome!

- Pois… a minha ainda só bate palminhas.

Jogou pelo seguro. Seria estranho alguém com sete meses dizer algo inteligível, a não ser que estivesse possuída por algo maligno. Mas agora apetece-me atirar-me da janela. Isso ou gritar: - Olhem, o meu tem 17 meses e já faz casamentos e baptizados!

E continuam:

- Já diz cocó e tudo. Mas ainda não distingue o cocó dos puns!

Uh, que nojo! O que dirão as criaturas quando crescerem e perceberem que os pais denunciavam assim os seus íntimos numa sala de espera?! E quem é que quer ouvir este nível de pormenores?!

- Quanto é que pesa a sua? O meu pesa 8 quilos.

- Esta pesa só 9, tem que comer mais.

Porquê??? Vão para a feira vendê-los ao quilo?!?! Tenham juízo!!!

Espanquem-me se algum dia me ouvirem dizer estas coisas. 

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por coitadinhodocrocodilo às 23:42


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